O Homem e a Mulher Novos

Vivemos um tempo de cataclismas sociais, culturais, espirituais e interpessoais. Parece que nos encontramos no limite de nossa paciência, de nossa boa vontade, em que o mal é comentado em toda a parte, com todo o ibope, mas o bem aparece em notas de roda pé, bem tímido.

Mas nós não precisamos aceitar, passivamente, tudo o que nos vem, enfiado goela abaixo.
Esse é o nosso desafio diário. O desafio de quem quer ser o homem ou mulher novos em nosso tempo.

Tenho lido muito ultimamente... Quem me Roubou de Mim, do padre Fábio de Melo, Alguém me Tocou, de José Carlos de Lucca, Fonte Viva, de Emmanuel (psicografado por Chico Xavier), Atitudes Renovadas, de Joanna de Ângelis (psicografado por Divaldo Franco),
e I Love Myself, I am Addiction-Free: Spiritual Tools to Fight Addiction, também de Divaldo Franco, baseado em uma palestra que ele fez, nos Estados Unidos, em 2005.
Enquanto escrevo este texto, uma aba está aberta no livro Psicologia da Gratidão, de Joanna de Ângelis (outra obra psicografada por Divaldo Franco),

E cada livro me leva à um universo, à uma reflexão. Há uns dois meses, que minha vida iniciou um processo de transformação e avaliação mais profundos.
Apesar de ter contato com a doutrina Espírita há muitos anos, alguma coisa aconteceu em 16 de setembro, quando fui no centro espírita A Caminho da Luz,

De lá para cá, algo em mim transformou-se ou começou a transformar-se. Eu passei a ler as obras doutrinárias do Espiritismo. E a compreendê-las. Isso não é nada fantástico, pois o desafio é vivenciar a doutrina, seus princípios éticos e cristãos. Ler e estudar os livros, os videos, ouvir as palestras é uma coisa, mas no momento em que o livro é fechado, a palestra e o video terminam, é que o confronto começa. Confronto esse num tempo de cataclismas sociais, culturais, espirituais e interpessoais.

O processo de renovação se inicia sempre no momento agora. E não é um processo místico, visionário, distante, lá na outra dimensão, em algum universo distante. É aqui mesmo, no dia-a-dia, conosco, com nossos entes queridos, com nossos desafetos, colegas de trabalho, com aqueles que nos esbarramos nas ruas da vida.

Chamamos esse processo de reforma íntima. Mas precisamos estar imbuídos de uma vontade sincera de fazê-la, todos os dias, o dia inteiro... é um constante "orai e vigiai" de nossos pensamentos, atos, como olhamos tudo e todos, como ouvimos, o que dizemos, pois a "boca fala do que está cheio o coração". Nos entregamos a cada momento, passando uma parcela de quem somos, portanto, se estamos sinceramente imbuídos da vontade de auto-aperfeiçoamento, então passamos a nos olhar com mais cuidado, e passamos a tratar as pessoas com mais respeito. Não o respeito frio e calculado, mas o respeito genuíno, vendo que cada um é um universo particular, um filho de Deus, e sendo assim, todos somos irmãos.

Belíssimo conceito e tão difícil de ser vivenciado. Todos os dias, as notícias e a loucura do mundo nos mostram que somos todos competidores uns dos outros, inimigos, algozes. Vemos o outro como uma ameça, e no entanto, nossa origem divina é a mesma, todos passamos pela dor, a perda, o prejuízo, o desespero, o "vale de lágrimas", já que nos encontramos todos no mesmo orbe, cada um responsável por sua evolução, mas estando em sociedade, são evoluções que se conjugam, para que todos possamos progredir, nos tornando homens e mulheres novos no tempo em que vivemos.

Essa reflexão nunca será conclusiva, já que cada um de nós tem suas perguntas e respostas, e todas elas forma o mosaico do auto-conhecimento. Portanto, acredito que seja esse o tema desse blog.





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